24/01/2024

Temporada de realities traz o assunto da cibersegurança à tona novamente

No início do ano, o estilo de programa que mais rende audiência na televisão brasileira é o reality show, tendo o global, Big Brother Brasil, como o primeiro a ser lançado, sempre nos primeiros dias de janeiro, há mais de 20 anos.

 

Conforme as tecnologias avançaram e as redes sociais atingiram cada vez mais as pessoas, tudo o que permeava esses programas passou a ser compartilhado pelo público em suas contas. Essa relação foi evoluindo até que atingiu o ponto de páginas de conteúdo focarem nesses programas por boa parte do tempo e os próprios participantes utilizassem seus perfis para atrair seguidores e angariar votos.

 

Com isso, o fluxo de pessoas e acessos a esses perfis aumenta drasticamente, fazendo com suas páginas possam virar alvos de ataques ou de alvos, para que criminosos usem do alto engajamento para dar golpes em seus fãs.

 

Ao final da edição de 2021, o reality da Globo atingiu a marca de 380 milhões de postagens no X (Twitter na época), o que estabeleceu um novo recorde desses parâmetros. A estreia da edição atual marcou os piores números da edição atual, com 22 pontos na cidade de São Paulo, segundo IBOPE, mas teve engajamento nas redes sociais, especialmente no Twitter, onde boa parte dos debates acontecem.

 

Além disso, as redes são tão utilizadas como ferramenta de aprovação e crescimento que a conversa que ocorre com o eliminado após a notícia aponta seus números no Instagram, baseando seu sucesso futuro nos fãs que angariou durante o confinamento.

 

Portanto, como aponta Luiz Madeira, CEO da GWCloud, “Esse cenário é perfeito para ataques que visem o lucro por meio de golpes às contas aconteçam. Uma das formas mais comuns de enganar os seguidores é por meio de invasões que permitem ter o controle total do conteúdo, onde os criminosos farão postagens com links maliciosos e, dessa forma, poderão lucrar com vendas falsas ou com novas contas para invadir. Normalmente, esses golpes não duram tanto tempo em uma mesma conta, ainda mais em uma famosa, mas é importante frisar que, até que a plataforma resolva, o estrago pode ser grande, principalmente na conta principal, onde dados sigilosos podem ser adquiridos e chantagens podem ocorrer”.

 

Essa tática recebe o nome de “phishing” e é extremamente comum, com mensagens inusitadas, descontos em vendas imperdíveis e conteúdos limitados. Com o alcance de um perfil mais famoso, a chance de expandir o número de ataques é real, fazendo com que a equipe responsável pelas contas necessite de um cuidado maior e de uma assessoria nesse assunto.

 

“Cibersegurança já é um assunto amplamente difundido nas empresas, apesar de ser sempre retomado, pelos avanços dos criminosos e táticas de defesa constantes. Entretanto, a importância de Pessoas Jurídicas, como são os casos dessas pessoas, irem atrás de informações e de formas de se defender é sempre ressaltada. A partir do momento que a imagem de alguém sendo usada e pessoas podem perder empregos, caso as perdas da conta sejam grandes, o assunto da segurança às redes precisa ser tratado com a devida atenção”, ressalta Madeira.

 

Durante os meses de altos investimentos em realities, por parte das emissoras abertas, a cibersegurança volta ao foco das empresas do ramo, por conta das diversas formas de ataques que são criadas. Por isso, quanto mais esses novos PJs investirem e ajudarem na melhoria desse ramo, melhor será para todos, inclusive os fãs, que não têm poder para se defender dos criminosos.

 

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Legenda: Cibersegurança na temporada de realities - GW Cloud
Créditos: Reprodução/TV Globo