Símbolos: A linguagem silenciosa da marca - Especialista explica a importância da simbologia na representação da essência dos profissionais
Você já parou para pensar em como os símbolos fazem parte de absolutamente tudo no nosso dia a dia?
As imagens e símbolos são onipresentes e desempenham um papel fundamental na interação com o mundo ao nosso redor.
Na vasta diversidade das profissões existentes, os símbolos sempre desempenharam - e ainda desempenham, um papel crucial na comunicação de empresas e profissionais. Eles transcendem o aspecto estético e carregam mensagens de inspiração, conexão e identidade para diversas áreas profissionais. Cada símbolo tornou-se uma ‘janela’ para a essência da área de conhecimento que representa.
Aplicado à identidade visual desses profissionais, os símbolos fazem parte de um conjunto de elementos visuais que define uma empresa ou um profissional, abrangendo diversos elementos como cores e tipografia, permitindo que os clientes identifiquem, quase que instantaneamente, a qual área aquela marca ou profissional pertence.
Para Sté Prestini, especialista em identidade visual, “Os símbolos são como palavras silenciosas que falam diretamente à mente e ao coração. Uma identidade visual eficaz requer consistência e, quando os símbolos são aplicados de forma coesa, a marca ganha força e reconhecimento”, explica a especialista. Ela acrescenta: “A eficiência dos signos (símbolos) vai além do intuitivo. Usar os signos de maneira estratégica faz parte de um estudo de semiótica bem aplicado.”
Na semiótica, um signo é qualquer coisa que comunica um significado além de si mesmo. Os signos podem ser:
Ícones: Signos que se assemelham ao que representam (e.g., um desenho de uma maçã para representar uma maçã).
Índices: Signos que têm uma relação causal ou física com o que representam (e.g., fumaça indicando fogo).
Símbolos: Signos que têm uma relação arbitrária ou convencional com o que representam (e.g., palavras, logotipos).
A especialista aponta ainda que os signos são uma poderosa forma de comunicação. Elas podem transmitir informações complexas de maneira simples e direta. Na área de advocacia, por exemplo, é comum associar o logotipo a uma balança para simbolizar a justiça, enquanto um médico pode usar um estetoscópio para que sua profissão seja facilmente identificada.
Brincar com os símbolos é o que traz o grande diferencial no mercado gráfico. “A minha função é passar a mesma informação indo em contramão ao comum e popular”.
Prestini esclarece também que a escolha do símbolo correto é uma jornada de auto-expressão. De acordo com a profissional, responsável pela criação da identidade visual de milhares de grandes empresas e profissionais, a aplicação desses símbolos devem encapsular a filosofia, os valores e a especialidade de cada profissional de tal maneira que as palavras, muitas vezes, não conseguem expressar.
"A escolha do símbolo deve ser relevante para a profissão e fácil de ser reconhecida. Além de ter que ser diferenciada, para se destacar em um mundo cada vez mais dinâmico, também é necessária a preocupação com o público-alvo do profissional. Uma identidade visual de um profissional que trabalha para um mercado corporativo, por exemplo, precisa optar por símbolos mais formais. Já um profissional mais voltado à área criativa, tem a liberdade de escolher símbolos mais abstratos e artísticos", pontua Sté Prestini.
Fazendo parte dos demais elementos que compõem a identidade visual de uma marca ou profissional, os símbolos são elementos fundamentais na identificação de empresas e segmentos; “Para construir uma identidade alinhada à personalidade da marca, é importante entender seu posicionamento, conhecer intrinsecamente o perfil do negócio e saber como ele deseja ser visto pelo mercado e por seu público.”, finaliza Sté Prestini.