Dia do Ingresso das Mulheres na Marinha reforça o papel feminino em todas as carreiras, defende Cristina Boner
Empresária e ativista pela igualdade de gênero destaca que a presença feminina é fundamental para inovação, segurança e desenvolvimento social em qualquer setor.
Nesta semana, foi comemorado o Dia do Ingresso das Mulheres nas Fileiras da Marinha, uma data que celebra um marco histórico na defesa do Brasil e na luta pela igualdade de gênero. Apesar de pouco divulgada, a data representa avanços importantes para a inclusão feminina em áreas tradicionalmente dominadas por homens, como o setor militar. Segundo pesquisa do IBGE sobre Estatísticas de Gênero 2021, as mulheres representam 44,8% da força de trabalho formal no Brasil, mas continuam sub-representadas em cargos de liderança e em áreas estratégicas de defesa e segurança.
Instituído em homenagem ao ingresso das mulheres na Marinha do Brasil, o dia reforça o processo de transformação das Forças Armadas, que passaram a incorporar profissionais do sexo feminino a partir de 1980. Desde então, elas ocupam posições como oficiais, praças e fuzileiras navais, demonstrando competência técnica, disciplina, liderança e dedicação ao país. Dados oficiais mostram que as mulheres compõem cerca de 10% do efetivo da Marinha. No Exército Brasileiro, a participação feminina é de aproximadamente 8%, enquanto na Força Aérea, chega a 17%. Esses números ainda refletem o longo caminho a ser percorrido para que haja maior equilíbrio entre homens e mulheres em todos os postos de atuação, incluindo as funções de comando.
Para Cristina Boner, empresária referência em tecnologia e ativista pela igualdade feminina, datas como essa devem inspirar a sociedade a repensar preconceitos e abrir caminhos para todas. “Quando vemos mulheres na Marinha, vemos força, coragem e competência. Isso precisa se refletir em todos os setores, inclusive na tecnologia, onde ainda somos minoria em cargos estratégicos. Não é uma questão de capacidade, mas de oportunidade”, afirmou Cristina. Ela ressalta que a presença feminina em ambientes diversos gera inovação, segurança e desenvolvimento social. “A Marinha do Brasil dá um exemplo de disciplina, respeito e formação técnica. Imagine isso somado à diversidade de gênero? Mulheres pensam diferente, criam soluções diferentes e complementam as equipes com habilidades fundamentais.”
Cristina Boner também enfatiza a semelhança entre o mercado de tecnologia e o setor militar, ambos marcados por desafios que exigem preparo técnico, visão estratégica e liderança, além de forte atuação em momentos de crise e tomada de decisão sob pressão. “Seja no TI, na segurança cibernética ou na Marinha, precisamos de equipes que reflitam a sociedade como ela é. Não há sentido em limitar talentos apenas por gênero”, afirmou Cristina Boner, líder em TI no Brasil. Para ela, o incentivo à formação de lideranças femininas deve ser prioridade em todas as instituições, garantindo políticas de inclusão, mentorias, treinamento técnico e ambientes que acolham diferentes perfis profissionais.
Datas como o Dia do Ingresso das Mulheres nas Fileiras da Marinha servem para lembrar que igualdade de gênero não é apenas sobre direitos, mas sobre resultados melhores para todos. O avanço das mulheres na Marinha brasileira demonstra que a presença feminina em qualquer carreira não apenas é possível, como essencial para o fortalecimento do país em todas as suas áreas estratégicas. Ao reconhecer e valorizar essas trajetórias, a sociedade avança para um futuro mais inovador, seguro e justo.
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