Caminhos para a equidade de gênero e o crescimento profissional no setor de tecnologia
De acordo com informações divulgadas pelo Grant Thornton, atualmente, as mulheres ocupam apenas 33,5% das posições de alta gestão. Esse índice era ainda mais baixo em 2004, quando correspondia a 19,4%. Com o ritmo atual de crescimento, estima-se que a igualdade entre homens e mulheres nos cargos de alta gerência seja atingida apenas em 2053.
Uma pesquisa adicional conduzida pela Korn Ferry revelou que, atualmente, apenas 20% dos altos executivos são mulheres. Em uma entrevista com mais de 20 pessoas, a consultoria identificou que 35% dos entrevistados acreditam que as empresas precisam incentivar mais a presença feminina em áreas comerciais, que são diretamente responsáveis pela lucratividade das organizações.
O mercado de trabalho no Brasil está passando por transformações significativas, especialmente no setor de tecnologia, onde as oportunidades estão em expansão devido à crescente demanda por inovação e automação. Um estudo realizado pela Robert Half revelou as principais tendências de contratação e salários para 2025, destacando áreas como Gerente de TI, Desenvolvedor Back-end, Coordenador de Segurança da Informação e Gerente de Projetos, como as mais procuradas para cargos efetivos. Já para projetos temporários, as vagas estão concentradas em áreas como Desenvolvedores Full-stack, Analistas de Infraestrutura, Analistas de Business Intelligence (BI) e Consultores especializados em ERP (Planejamento de Recursos Empresariais).
Cristina Boner, que defende uma abordagem estratégica para a equidade de gênero, destaca que a transformação digital também exige que as empresas se adaptem para garantir a inclusão das mulheres em suas lideranças. Ela observa que as dificuldades das mulheres para alcançar cargos de liderança no setor tecnológico estão relacionadas à perpetuação de estereótipos de gênero, à sobrecarga de responsabilidades domésticas e à falta de políticas organizacionais efetivas que incentivem a ascensão feminina.
Apesar das boas perspectivas para o setor de tecnologia, a paridade de gênero nas posições de liderança segue sendo um desafio. Dados recentes do Grant Thornton mostram que, em cargos de alta gerência, apenas 33,5% são ocupados por mulheres, e com o ritmo atual de crescimento, espera-se que a igualdade de gênero no mercado corporativo seja alcançada somente em 2053. Esse cenário de disparidade de gênero é especialmente notável nas áreas mais técnicas, como a tecnologia, onde a presença feminina ainda é menor.
No entanto, a evolução do setor de TI oferece um cenário promissor para mulheres e homens, com diversas possibilidades de especialização e crescimento. As tendências de mercado indicam que áreas como inteligência artificial, big data, computação em nuvem e cibersegurança estão em alta, e os profissionais que se especializarem nesses campos terão grandes chances de sucesso. Para a empresária Cristina Boner, é crucial que os profissionais em início de carreira no setor avaliem suas áreas de interesse e alinhem suas escolhas às tendências do mercado. "Identificar áreas estratégicas como o desenvolvimento de software ou a análise de dados pode ser uma excelente oportunidade para quem deseja se destacar", afirma.
Cristina também acredita que as empresas desempenham um papel fundamental na promoção da equidade de gênero. Para ela, as organizações devem implementar processos de recrutamento e desenvolvimento mais inclusivos, com políticas claras de diversidade e igualdade de oportunidades. "As empresas precisam valorizar as conquistas das mulheres, garantir visibilidade para elas e criar um ambiente em que todos, independentemente do gênero, tenham as mesmas chances de ascensão", explica.
Além disso, a empresária reforça a necessidade de um ambiente corporativo que favoreça a colaboração e a inclusão, onde as mulheres possam crescer sem enfrentar barreiras ou discriminação. O equilíbrio entre a vida profissional e pessoal também é um aspecto essencial que as empresas devem levar em consideração, garantindo que as responsabilidades domésticas e familiares não sejam um impeditivo para o avanço das mulheres em suas carreiras.
"Embora o setor de tecnologia continue a se expandir rapidamente, o caminho para a inclusão plena e para a paridade de gênero exige ações concretas e uma verdadeira transformação cultural dentro das empresas. Precisamos nos adaptar às mudanças do mercado e criar ambientes de trabalho inclusivos, onde todos, independentemente do gênero, tenham as mesmas oportunidades. Só assim conseguiremos garantir um futuro mais igualitário e dinâmico, tanto para as mulheres quanto para os homens." finaliza a empresária de tecnologia Cristina Boner.
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